Os governos federal, estaduais e municipais precisam utilizar a inclusão digital como meio aplicação de políticas sociais; Minas Gerais iniciou este processo em 2003
Uma das ações mais modernas que marcaram a biografia de Aécio Neves como governador de Minas Gerais foi a capacidade de pensar no futuro sem se preocupar com os limites de seus mandatos políticos. E foi assim que sempre encarou o desafio de tirar o estado de uma posição tímida num mundo em que o domínio do conhecimento divide os povos entre desenvolvidos e eternamente dependentes.
No mundo de hoje, se tornou obsoleto o conceito de que investir em Tecnologia da Informação, Telecomunicações e Inclusão Digital na esfera pública se limita a modernizar os trâmites internos da máquina governamental. Na verdade, já entramos no século XXI sem tempo para olhar para trás, pois a incapacidade do acesso ao conhecimento se tornou tão inaceitável quanto deixar de oferecer uma saúde pública digna, uma educação de qualidade, oportunidades de emprego ou acesso ao saneamento básico.
Foi assim que Aécio Neves marcou sua biografia transformando a universalização do acesso à informação como meta a ser cumprida não só no âmbito do desenvolvimento econômico, mas também como uma política pública de amplo ganho social.
Quando anunciou o ousado plano de levar acesso ao sinal de telefonia celular e transmissão de dados a 100% dos municípios mineiros, Aécio Neves não só investia em Telecomunicações. O seu governo fazia da informação e do conhecimento a oportunidade para Minas Gerais iniciar a desconstrução do seu processo histórico de desigualdade social entre suas regiões. Haja vista que, em 2003, quando lançou o programa Minas Comunica, a população de mais de 400 municípios mineiros não tinha acesso ao sinal de telefonia celular.
Recente pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas mostra que a telefonia celular seria o melhor caminho para se utilizar a tecnologia digital em prol das políticas sociais. Isto porque, entre todas as possibilidades de penetração nas camadas mais vulneráveis da sociedade, o telefone celular tem sido o instrumento mais democrático.
Se em 2003, no Brasil, apenas 15,3% da população da classe E (dentro da linha de pobreza) tinha acesso ao telefone celular, esse número saltou para 62,8% e vive uma tendência de crescimento.
No caso de Minas Gerais, há quase 10 anos, o Governo de Minas desenvolve políticas de ampliação à inclusão digital, sendo o Minas Comunica o mais abrangente e democrático dos programas.
Mesmo com este avanço percebido tanto em Minas quanto no Brasil, não se pode perder a oportunidade que o acesso à tecnologia proporciona para a efetivação de políticas sociais amplas e universais. É preciso que os governos desenvolvam programas, ações e produtos que se utilizem da telefonia celular e da internet para diminuir as desigualdades sociais.
No que se refere à inclusão digital, Minas Gerais e o Brasil vão bem na construção das estradas. Agora, precisam utilizá-las.
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