PSDB pretende ir às armas
Tucanos vão usar os palanques das disputas municipais para aumentar o tom dos ataques contra o governo Dilma. Horário eleitoral no rádio e na TV também será usado para as críticas
Os tucanos vão aproveitar as eleições municipais deste ano para começar a bater asas com ataques mais fortes ao governo da presidente Dilma Rousseff. O confronto será feito com base em pontos fracos que o PSDB identificou na atual gestão. Nas cidades em que houver horário gratuito de rádio e televisão, o comando da legenda vai aproveitar para apresentar propaganda de caráter nacional e mostrar as diferenças sobre o que pensam o PSDB e o PT. "O rolo compressor do governo deu um tiro no pé nos estados e municípios com os vetos da presidente Dilma à regulamentação da Emenda 29. Isso precisa ser mostrado ao eleitorado", reclama o senador Aécio Neves (PSDB-MG), dando um exemplo da estratégia a ser usada.
Aécio destaca que, há dez anos, a União era responsável por 58% dos investimentos em saúde. Hoje, aplica 45%. Os estados e municípios, que investiam 42%, atualmente são responsáveis por 55%. "No mesmo período, a receita da União foi a única que teve crescimento real, mas o dinheiro a mais não vai para a saúde, é usado para fazer obras sem licitação", ataca o senador.
Diante de pesquisas indicando que a população já colou no PT a imagem da corrupção, os tucanos vão procurar também mostrar a ineficiência da gestão na infraestrutura do país. A Copa do Mundo de 2014 será um dos principais alvos. "As obras estão atrasadas por causa do modelo de gestão. Durante oito anos do governo Lula, o PT não fez as concessões dos aeroportos por uma questão ideológica. Agora é obrigado a correr contra o tempo, por causa do caos, dos atrasos e das filas em todas as capitais importantes", destaca Aécio.
O presidenciável tucano não cita a candidatura do ministro da Educação, Fernando Haddad, ao governo de São Paulo, mas é severo sobre o setor: "Não dá para aceitar que o currículo de uma escola de Rio Branco, no Acre, seja o mesmo de uma escola em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. São realidades completamente diferentes. Sem respeitar as características de cada região, o resultado só pode ser os altos índices de repetência e de evasão escolar".
Pelo país afora O PSDB pretende dar um caráter nacional às eleições de outubro, sem deixar de lado as peculiaridades de cada região ou município. A definição da estratégia estabelece três diretrizes. A prioridade é a candidatura própria. Se não for possível, aliança com os partidos de oposição e com eventuais aliados que não têm tanto compromisso assim com o governo federal. Em último caso, aliança com os candidatos que tenham o PT como principal adversário.
"A eleição presidencial não é este ano, mas o PSDB pode discutir agora alguns problemas nacionais", pondera Aécio Neves. E avisa: "A partir de 2013 os tucanos vão às armas".
>> Os alvos tucanos
Área Principais críticas
Saúde Omissão do governo e os vetos à Emenda 29
Inchaço Aparelhamento do serviço público
Má gestão Gastos muito elevados com a máquina pública e custeio e poucos investimentos
Corrupção Pesquisas mostram que o problema colou no PT
Copa 2014 Caos na infraestrutura, dos aeroportos às estradas e no transporte público
Educação Desde a universalização no governo Fernando Henrique Cardoso, nada mais foi feito
Estado de Minas / Baptista Chagas Freitas
Tucanos vão usar os palanques das disputas municipais para aumentar o tom dos ataques contra o governo Dilma. Horário eleitoral no rádio e na TV também será usado para as críticas
Os tucanos vão aproveitar as eleições municipais deste ano para começar a bater asas com ataques mais fortes ao governo da presidente Dilma Rousseff. O confronto será feito com base em pontos fracos que o PSDB identificou na atual gestão. Nas cidades em que houver horário gratuito de rádio e televisão, o comando da legenda vai aproveitar para apresentar propaganda de caráter nacional e mostrar as diferenças sobre o que pensam o PSDB e o PT. "O rolo compressor do governo deu um tiro no pé nos estados e municípios com os vetos da presidente Dilma à regulamentação da Emenda 29. Isso precisa ser mostrado ao eleitorado", reclama o senador Aécio Neves (PSDB-MG), dando um exemplo da estratégia a ser usada.
Aécio destaca que, há dez anos, a União era responsável por 58% dos investimentos em saúde. Hoje, aplica 45%. Os estados e municípios, que investiam 42%, atualmente são responsáveis por 55%. "No mesmo período, a receita da União foi a única que teve crescimento real, mas o dinheiro a mais não vai para a saúde, é usado para fazer obras sem licitação", ataca o senador.
Diante de pesquisas indicando que a população já colou no PT a imagem da corrupção, os tucanos vão procurar também mostrar a ineficiência da gestão na infraestrutura do país. A Copa do Mundo de 2014 será um dos principais alvos. "As obras estão atrasadas por causa do modelo de gestão. Durante oito anos do governo Lula, o PT não fez as concessões dos aeroportos por uma questão ideológica. Agora é obrigado a correr contra o tempo, por causa do caos, dos atrasos e das filas em todas as capitais importantes", destaca Aécio.
O presidenciável tucano não cita a candidatura do ministro da Educação, Fernando Haddad, ao governo de São Paulo, mas é severo sobre o setor: "Não dá para aceitar que o currículo de uma escola de Rio Branco, no Acre, seja o mesmo de uma escola em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. São realidades completamente diferentes. Sem respeitar as características de cada região, o resultado só pode ser os altos índices de repetência e de evasão escolar".
Pelo país afora O PSDB pretende dar um caráter nacional às eleições de outubro, sem deixar de lado as peculiaridades de cada região ou município. A definição da estratégia estabelece três diretrizes. A prioridade é a candidatura própria. Se não for possível, aliança com os partidos de oposição e com eventuais aliados que não têm tanto compromisso assim com o governo federal. Em último caso, aliança com os candidatos que tenham o PT como principal adversário.
"A eleição presidencial não é este ano, mas o PSDB pode discutir agora alguns problemas nacionais", pondera Aécio Neves. E avisa: "A partir de 2013 os tucanos vão às armas".
>> Os alvos tucanos
Área Principais críticas
Saúde Omissão do governo e os vetos à Emenda 29
Inchaço Aparelhamento do serviço público
Má gestão Gastos muito elevados com a máquina pública e custeio e poucos investimentos
Corrupção Pesquisas mostram que o problema colou no PT
Copa 2014 Caos na infraestrutura, dos aeroportos às estradas e no transporte público
Educação Desde a universalização no governo Fernando Henrique Cardoso, nada mais foi feito
Estado de Minas / Baptista Chagas Freitas